domingo, 27 de março de 2011

O Consolador




O Consolador

CIÊNCIA





1 - Tem o Espiritismo absoluta necessidade da ciência terrestre?

-Essa necessidade de modo algum pode ser absoluta. O concurso científico é sempre útil, quando oriundo da consciência esclarecida e da sinceridade do coração.Importa considerar, todavia, que a ciência do mundo se não deseja continuar no papel de comparsa da tirania e da destruição, tem absoluta necessidade do Espiritismo, cuja finalidade divina é a iluminação dos sentimentos, na sagrada melhoria das características morais do homem.




CIÊNCIAS FUNDAMENTAIS


2 - Se reconhecermos a Química, a Física, a Biologia, a Psicologia e a Sociologia como as cinco ciências fundamentais, qual será a posição da ciência da vida, em relação às demais?

-A Química e a Física, estudando a ação íntima dos corpos, suas relações entre si e as suas propriedades, constituem a catalogação dos valores da ciência material. A Psicologia e a Sociologia, examinando a paisagem dos sentimentos e os problemas sociais, representam a tábua de classificação das conquistas da ciência intelectual. No centro de todas está a Biologia, significando a ciência da vida em suas profundezas, revelando a transcendência da origem - o Espírito, o Verbo Divino.

Até agora, a Biologia está igualmente encarcerada nas escolas materialistas da Terra, porém, nas suas expressões mais legítimas, evolverá para Deus, com as suas demonstrações sublimes, cumprindo-nos reconhecer que, mesmo na atualidade, seus enigmas profundos, são os mais nobres apelos à realidade espiritual e ao exame das fontes divinas da existência.


QUÍMICA


3 - No campo da Química, as forças do plano espiritual auxiliam o homem terrestre?

-Os prepostos de Jesus espalham-se por todos os setores do trabalho humano e, em todos os tempos, cooperam com o homem no seu esforço de aperfeiçoamento; aliás, os estudiosos e os cientistas do planeta não criaram os fenômenos químicos, que sempre existiram desde a aurora dos tempos, afirmando uma inteligência superior.

Os homens, em verdade, aprenderam a química com a Natureza, copiaram as suas associações, desenvolvendo a sua esfera de estudos e inventaram uma nomenclatura, reduzindo os valores químicos, sem lhes aprender a origem divina.





4 - Nos estudos da Química, avaliam-se em cerca de um quarto de milhão as substâncias da Terra, que podem ser reduzidas, aproximadamente, como originárias de noventa elementos. Quando os estudos dessa ciência forem ampliados, poderão reduzir-se, ainda mais, as fontes de origem?

-A Química necessita apresentar essa divisão de elementos para a catalogação dos valores educativos, com vistas às investigações de natureza científica, no mundo; contudo,, se na sua base estão os átomos, na mais vasta expressão de diversidade, mesmo assim tenderá sempre para a unidade substancial, em remontando com as verdades espirituais às suas fontes de origem.

Aliás, em se tratando das individualizações químicas, já conheceis que o hidrogênio, no quadro dos conhecimentos terrestres, é o elemento mais simples de todos. Seu átomo é a forma primordial da matéria planetária, porque composto de um só elétron, de onde partem as demais individuações no mecanismo evolutivo da matéria, em suas expressões rudimentares.





5 -Nos chamados movimentos brownianos e nas afinidades moleculares poderemos observar manifestações de espiritualidade?

-Nos chamados movimentos brownianos, bem como nas atrações moleculares, ainda não poderemos ver, propriamente, manifestações de espiritualidade, como princípio de inteligência, mas fenômenos rudimentares da vida em suas demonstrações de energia potencial, na evolução da matéria, a caminho dos princípios anímicos, sob a bênção de luz da natureza divina.





6 -Houve uma unidade material para a formação das várias expressões orgânicas existentes na Terra?

-Assim como o químico humano encontra no hidrogênio a fórmula mais simples para estabelecer a rota de suas comparações substanciais, os espíritos que cooperaram com o Cristo, nos primórdios da organização planetária, encontraram, no protoplasma, o ponto de início para a sua atividade realizadora, tomando-o como base essencial de todas as células vivas do organismo terrestre.





7 -Existe uma lei de progresso para a individualização química?

-Na conceituação dos valores espirituais, a Lei é de evolução para todos os seres e coisas do Universo. As individualizações químicas possuem igualmente a sua rota para obtenção das primeiras expressões anímicas, sendo justo observarmos que, no círculo industrial, a individualização é trabalhada pelos processos mais grosseiros, até que possa ser aproveitada pelo agente invisível na química biológica, onde entra em novo circulo vital, na ascensão para o seu destino.





8 -Qual a diferença observada pelos Espíritos entre a química biológica e a industrial:

-Na primeira preponderam os ascendentes espirituais, em todas as organizações; ao passo que na segunda todos os fatores podem ser de atuação propriamente material.

Nisso reside a grande diferença. É que, na intimidade da célula orgânica, o fenômeno da vida submete-se a um agente divino, em sua natureza profunda, e, nos compostos industriais, as combinações químicas podem obedecer a um agente humano.





9 -A radioatividade opera a destruição ou a evolução da matéria?

-Através da radioatividade, verifica-se a evolução da matéria. È nesse contínuo desgaste que se observam os processos de transformação das individualizações químicas, convertidas em energia, movimento, eletricidade, luz, na ascensão para novas modalidades evolutivas, em obediência às leis que regem o Universo.





10 -Onde a fonte de energia para a matéria, de vez que a radioatividade opera incessantemente, trabalhando as suas forças?

-O Sol é essa fonte vital para todos os núcleos da vida planetária. Todos os seres, como todos os centros em que se processam as forças embrionárias da vida, recebem a renovação constante de suas energias através da chuva incessante dos átomos, que a sede do sistema envia à sua família de mundos, equilibrados na sua atração, dentro do Infinito





11 -Como deveremos compreender a assertiva dos químicos "nada se cria, nada se perde"?

-Em verdade, o espírito humano não cria a vida, atributo de Deus, fonte da criação infinita e incessante; contudo, se o homem não pode criar o fluido da vida, nada se perde da obra de Deus em torno dele, porque todas as substâncias se transformam na evolução para mais alto.





12 -Em face da exatidão com que se efetuam as combinações naturais da química orgânica, como entender as diversas expressões da natureza em seus primórdios?

-As expressões diversas da Natureza terrestre, em suas primitivas agregações moleculares, obedeceram ao pensamento divino dos prepostos de Jesus, quando nas manifestações iniciais da vida sobre a crosta do orbe.

Remontando a essas origens profundas, podeis observar, então, o esforço dos Espíritos sábios do plano invisível, na manipulação dos valores da química biológica nos primórdios da vida planetária, estabelecendo a caracterização definitiva dos processos da Natureza na fixação das espécies, prevendo todo mecanismo da evolução no futuro, e entregando o seu trabalho às leis da seleção natural que, sob a égide de Jesus, prosseguiram no aperfeiçoamento da obra terrestre através do tempo.





13 -As forças espirituais organizaram igualmente a atmosfera do mundo?

-Isso é indubitável. A inteligência com que foram dispostos os elementos do cenário, para o desenvolvimento da vida no planeta, vo-lo comprova.

A algumas dezenas de quilômetros foram colocados os revestimentos do ozônio, destinados a filtrar os raios solares; dosando-lhes a natureza para a proteção da vida.

Da atmosfera recebe a maior porcentagem de nutrição para o entretenimento das células.

E como o nosso escopo não é o de citações eruditas, nem o de redizer os preceitos científicos do mundo, lembremos que um homem, na manutenção da sua vida orgânica. Necessita de regular quantidade de oxigênio, quinze gramas de azoto (alimentar) e quinhentos gramas de carbono (alimentar). O oxigênio é uma dádiva de Deus para todas as criaturas ; quanto ao azoto e ao carbono, é pela obtenção que o homem luta afanosamente na Terra, recordando-nos a exortação dos textos sagrados ao espírito que faliu - "comerás o pão com o suor do teu rosto".

O problema básico da nutrição, nessa conta de química, é uma reafirmação da generosidade paterna do Criador e do estado expiatório em que se encontram as almas reencarnadas neste mundo.





14 -Como compreender a afirmativa dos astrônomos relativamente à morte térmica do planeta?

-É certo que todo organismo material se transformará, um dia, revestindo novas formas. As energias do Sol, como as forças telúricas do orbe terrestre, serão esgotadas aqui, para surgirem noutra parte. Alguns astrônomos calculam a morte térmica do planeta para daqui a um milhão de anos, aproximadamente.

Já se disse, porém, que a vida é p eterno presente. E o nosso primeiro dever não é o de contar o tempo, demarcando, em bases inseguras, a duração das obras conhecidamente sagrada para as edificações definitivas do nosso espírito, as quais são inacessíveis a todas as transformações da matéria, em face do Infinito.





Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro:- O Consolador *









O Consolador*



Emmanuel



Médium: Francisco Cândido Xavier



Editora FEB

O Consolador*

Edifício
Na reunião de 31 de Outubro de 1939, no Grupo Espírita "Luís Gonzaga", de Pedro Leopoldo, um amigo do plano espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.
Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:
Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?
"Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.
"A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual."A fim de intensificar os nossos conhecimentos, relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?
"Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade.
"Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.
"Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana. Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo, sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, ou no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para consideramos tão-somente a luz espiritual que se irradia de todas as coisas e o ascendente místico de todas as atividade do espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa de Deus."As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo, no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.
Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis ai o novo livro.
Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita "Luís Gonzaga", de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.



Emmanuel / Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940

domingo, 13 de março de 2011

O exercicio do Perdão


O exercício do perdão



Certa vez, perguntaram a um filósofo se Deus perdoa. Após refletir um tanto, ele respondeu com outro questionamento: Para perdoar é necessário sentir-se ofendido?

De pronto o interlocutor respondeu: Sim. Se não há ofensa, como haveria perdão? Retornou ele novamente para o filósofo.

Esse então, calmamente respondeu: Logo, Deus não perdoa!

Embora a resposta nos pareça estranha, traz em si reflexões de grande monta.

A primeira delas é a de que muito melhor que perdoar, é não se sentir ofendido. E para isso, é necessário que a indulgência esteja em nossa mente, que a benevolência esteja em nossas ações.

Porém, quem já não se sentiu ofendido? Ainda trazemos muitas dificuldades na alma. O orgulho, a vaidade, a pretensão, todos reunidos na alma, nos fazem criaturas com grande dificuldade em não se ofender.

Às vezes, o ofensor nem percebe que nos magoou, quando acontece de não conseguir avaliar as nossas limitações emocionais. Outras tantas, percebe, tenta remediar, mas o mal já está feito... A ofensa já nos atingiu.

Assim, se ainda nos ofendemos, devemos aprender a perdoar. Porque será o perdão que conseguirá tirar a nódoa da ofensa dos tecidos de nossa alma.

Se a ofensa nos pesa no coração, atormenta a alma e perturba a mente, o perdão nos fará leves novamente, tranquilizando a alma e sossegando a mente.

Dessa forma, todo esforço para perdoar deve ser levado em conta, sem economia de nossas capacidades emocionais e racionais.

É claro que o perdão não se instaura imediatamente, e ainda, quanto mais magoados e ofendidos, maior a intensidade das dores. Talvez, mais esforço nos seja demandado.

Assim, comecemos o exercício do perdão assumindo que a raiva, a mágoa, a ofensa existem em nosso coração. Enquanto fingirmos que perdoamos, apenas pelos lábios, sem passar pelo coração, nada acontecerá.

Em seguida, busquemos compreender a atitude do outro, daquele que nos ofendeu. Talvez tenha sido um mau dia para ele. Ou esteja passando por uma fase difícil. Ou ainda, talvez ele mesmo seja uma pessoa com grandes feridas na alma. Por isso, mostra-se tão agressivo.

Após compreender, exercitemos pequenos passos de aproximação. Primeiramente, suportemo-lo, enfrentando os sentimentos ruins que poderão brotar em nossa alma, nesse primeiro instante. Mas, persistamos na convivência, por alguns instantes que seja.

Em seguida, demos espaço para a tolerância, ensaiando os primeiros passos do relacionamento, mesmo que distante e ainda um tanto frio.

Em seguida, estreitemos um pouco mais o relacionamento, através da cordialidade e do coleguismo.

Não tardará para que sejamos capazes de retomar a fraternidade e administrar o ocorrido, em nossa intimidade.

Afinal, o perdão exige o esquecimento. Porém, não esqueceremos o fato, aquilo que nos causou a mágoa, já que isso se mostra quase impossível.

O esquecimento que o perdão provoca é o da mágoa, da ofensa. Quando pudermos olhar nos olhos daquele que nos magoou, com tranquilidade e paz no coração, aí estará implantado em nossa alma, o perdão.



Redação do Momento Espírita

Em 25.02.2011.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Felicidade e merecimento Ermance Dufaux


Felicidade e merecimento
“(...) e o que semeia em abundância, em abundância também ceifará” – II Corintios, 9:6
Anote alguns caminhos para construir tua felicidade:
A superação das culpas.
O perdão incondicional.
O desapego de bens e afetos.
A consciência tranqüila.
Amar o trabalho.
Descansar somente o necessário.
Interessar pelo esclarecimento.
Aprender a gostar de si.
Erguer a caridade em teus passos
O bem do próximo.
O conhecimento de si.
A fé no futuro.
A paciência com o progresso pessoal.
A instrução libertadora.
O gesto incomum pelo bem de alguém.
O esquecimento das quedas
A vitória sobre os impulsos.
A tolerância incondicional com todos.
A fraternidade nas relações.
O dever bem cumprido.
A ausência do desânimo.
O otimismo incansável.
Como vemos, felicidade não é acontecimento de sorte ou escolha do destino.
É uma conquista do esforço permanente pela melhoria de si mesmo perante o próximo, a vida e Deus.
Felicidade é a soma do bem que semeamos, portanto, uma questão de merecimento.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 17 de novembro 2007, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Trio infalível Ermance Dufaux


Trio infalível
No grupo doutrinário que cultiva a sinceridade e o desejo de aprender, quando comparece a presença do conflito improdutivo é hora de soar o alarme da vigilância.

Existem muitos companheiros bem intencionados e dispostos ao trabalho que anseiam pela liberdade irrestrita para exercerem seus papéis, a título de competência e bons resultados. No entanto, nos grupamentos inspirados no Cristo, esse tipo de postura expressa o sutil movimento do personalismo que rejeita o buril educativo da crítica fraterna e da correção necessária.

Muito justo que, nas tarefas coletivas dos grupos transparentes, tenhamos planos e metas, aspirações e projetos, entusiasmo e alegria. Resta-nos aferir se semelhantes conquistas são para o bem comum ou para glórias passageiras de destaque particular.

Nas esferas comunitárias do Espiritismo cristão, em qualquer tempo ou lugar, será sempre mais honesto ouvir a expressão: mérito nosso, ao invés dos desgastados refrões: eu fiz, eu resolvi, eu quero.

Nos instantes de aferição grupal, adota o trio infalível: "oração, silêncio e trabalho".

Assim, certamente, o trabalho triunfará acima de nossos descuidos.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares em 16 de outubro de 2003 na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte – Minas Gerais

Admiração e inveja Ermance Dufaux


Admiração e inveja
Admirar os valores e conquistas alheias é um feliz ato de solidariedade e altruísmo.

Nesse tema, quando te veres tomado pela inveja, não te assustes ou entristeça.

Eis tua grande ocasião de mergulhar no desconhecido mundo de ti mesmo e descobrir quais as razões que te levam a sentir-se inferiorizado ou insatisfeito, ante os êxitos dos outros.

Penetra tua intimidade e pacifica-te.

Aprenderás com o tempo a auto-admiração através da gloriosa descoberta de teus Dons Divinos; então compreenderás que encantar com os sucessos alheios será sempre um estímulo para melhor perceber tuas próprias riquezas ainda desconhecidas.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 17 de novembro 2007, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Algemas no Lar Ermance Dufaux


Algemas no lar
Ante o ideal inflamante em teu íntimo, atraindo-te para a devoção e o auxílio nas frentes de solidariedade e orientação, ocorre-te um lance singular impelindo-te ao desânimo e à revolta.

São as algemas da família que ainda não partilha contigo as sendas nas trilhas de espiritualização.

Parece-te, em algumas ocasiões, que embora te situes no campo de serviço, é como se fios longos mantivessem-te no cativeiro da retaguarda.

Tenha calma e faça o que puderes, sabendo que a leira do lar é a semeadura de ontem retribuindo-te os frutos plantados por tuas próprias mãos.

Jamais abandone o posto do dever nos roteiros sagrados da conduta reta perante tua própria consciência.

Tenha lucidez, ore, imponha-te com o exemplo da fraternidade e concede ao tempo a chance para ajustar tuas lutas.

Acima de tudo, exemplifica tua mudança nas lições de auto burilamento, e, pouco a pouco, alcançarás estágios mais compensadores ante os teus laços consangüíneos.

Lembra-te que as algemas da parentela são limites de segurança em favor de teu equilíbrio.

Paulatinamente, encontrarás as chaves da conscientização que conduzir-te-ão aos deveres existenciais sem a imposição das provas exteriores, libertando-te das imposições íntimas que, em verdade, são as únicas raízes de nossa infelicidade pessoal.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 19 de março de 2008, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Perdas Ermance Dufaux


Perdas
“Mas ajuntai tesouros no céu...” - Mateus, 6:20

Mesmo guardando prudência e moderação, serás convocado ao aprendizado do desapego.

Na condição de usufrutuário passageiro das bênçãos que te felicitam, não obterás certidão de posse sobre tais recursos.

Não existem perdas reais no universo, porque nada pertence a ninguém.

Quando a vida te convidar às necessárias renovações, ainda que sofras a dolorosa cirurgia do desprendimento, mantém-te no controle de ti mesmo.

Hoje é o filho que muda, amanhã um vínculo que parte, depois é um bem surrupiado, mais além um emprego que é retirado.

Não são perdas, são mudanças.

Guarda calma e equilíbrio para que entendas o “recado” de Deus a ti endereçado nas alterações que a existência te conclama.

As dores das perdas são preciosos receituários contra as ilusões que carregamos.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 17 de novembro 2007, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Jamais desistir Ermance Dufaux


Jamais desistir
Nenhum de nós sentirá bem ante as faltas que podíamos ter evitado. No entanto, nesses momentos infelizes, recorramos ao amor que devemos a nós mesmos.

A intolerância e a culpa, a tristeza e a vergonha são efeitos da nossa incapacidade de aplicar o auto-amor. A cobrança e a severidade são os frutos amargos da sementeira que realizamos nos descaminhos da irresponsabilidade.

O tempo presente, porém, chama-nos para a lucidez moral. Compete-nos o perdão incondicional ante os dissabores com nossas atitudes.

Nesses momentos de pessimismo e tormenta interior, pacifiquemo-nos para começar de novo.

Começa indagando se algo te impede, definitivamente, de retomar a luta.

Depois, ora suplicando a extensão da misericórdia celeste. Muitos erros da caminhada servem para sentirmos quanto ainda somos suscetíveis à queda, e para reconhecermos com mais exatidão a extensão de nossa fragilidade.

Em seguida, faça um inventário de tuas vitórias e esforços. Perceberás o valor de continuar a batalha sem tréguas.

Após esses passos, retome o trabalho honesto, e o tempo se encarregará do restante.

Não existe ascensão espiritual sem tropeços e descuidos. Façamos o melhor que pudermos, mas na hora sombria e dilacerante do fracasso, pensemos em Deus e adotemos como norma: jamais desistir de lutar e buscar a felicidade, trabalhando, dia após dia, pelo reerguimento e pela reparação em favor da nossa paz.

Ermance Dufaux
Mensagem psicografada pelo médium Wanderley Soares de Oliveira, em 17 de novembro 2007, na SED – Sociedade Espírita Ermance Dufaux, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Fábio Caetano da Silva Espiritismo: Remanso Fraterno no jornal "O Globo".

Fábio Caetano da Silva Espiritismo: Remanso Fraterno no jornal "O Globo".

Emmanuel e o Apostolo Paulo




















Emmanuel e o Apostolo Paulo: Uma Mensagem Inedita.
Uma mensagem intima de Emmanuel, recebida pelo medium Xavier em Pedro Leopoldo, a 13 de Marco de 1940, nos fala de um encontro do senador Publio Lentulus com o Apostolo Paulo em Roma.

A Mensagem, ate agora inedita, eh a seguinte:


"Lede as cartas de Paulo e meditai.

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O convertido de Damasco foi o agricultor humano.

Muitas vezes foi aspero.

A terra nao estava amanhada e se em alguns pontos oferecia leiras brandas e ferteis, na maioria, era regioes em espinheiro e pedregulho.

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Paulo foi o lidador de sol a sol . Seu fervoroso amor foi a sua bussola divina.
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Sua paixao no mundo, ilumiada pela sua dedicacao ao Cristo, transformou-se na base onde deveria brilhar para sempre a claridade do Cristianismo.

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Conheci-o, em Roma, nos seus dias de trabalho mais rude e de provacoes mais acerbas.

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Vi-o uma vez unicamente, quando um carro do estado transportava o senador Publio Lentulus, ao longo da Porta Apia, mas foi o bastante para nunca mais esquece-lo.
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Um incidente fortuito levara os cavalos a uma disparada perigosa, mas um jovem cristao, atirando- se o ao caminho largo conseguiu conjurar todas as ameacas.

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Avistamos, entao, um pequeno grupo, onde se encontrava a sua figura inesquecivel.
Trocamos algumas palavras que me deram a conhecer a sua inteireza de carater e a grandeza de sua feh.

O fato ocorria pouco depois da tragica desencarnacao d Livia e eu trazia o espirito atrmentado.

As palavras de Paulo eram firmes e consoladoras.

O grande convertido nao conhecia a ulcera que me sangrava no coracao, todavia, as suas expressoes indiretas foram, imediatamente, ao fundo de minha'alma, provocando um diluvio de emocoes e de esclarecimentos.

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Luzeiro da feh viva, Paulo nao podeser olvidado em tempo algum.Seu vulto humano eh o de todo homem sincero que se toque do amor divino pelo Cordeiro de Deus.


lede-o sempre e nao vos arrependereis.

Emmanuel.

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Esse encontro da Porta Apia por certo marcou profundamente o coracao de Emmanuel.

Conta-nos o Espirito de Neio Lucio [o mesmo que Cneio Lucio do "50 Anos Depois"], que o Apostolo Paulo, no plano espiritual, sempre se dedicou auxiliar "as grandes inteligencias afastadas do Cristo, compreendendo-lhes as intimas aflicoes e o menosprezo injusto de que se sentem objeto no mundo, ante os religiosos de todos os matizes, quase sempre especilalizados em regra de intolerancia"

E foi com esse sentimento de bondade e compreensao que o Espirito do Apostolo da Gentilidade estendeu as bencaos do seu auxilio ao culto senador romano, quando de sua desencarnacao na tragedia de Pompeia, continuando a ampara-lo espiritualmente em suas posteriores existencias terrena.

Emmanuel nunca mais o esqueceu, como afirma em sua mensagem.Na personalidade de Nobrega, em homenagem ao Convertido de Damasco, chega adiar a inauguracao do Colegio de Piratiinga, a que da o nome de Sao Paulo, para o dia conversao do Apostolo, que a igreja comenora a 25 de Janeiro.

Essa afirmativa, absolutamente exata, nao eh somente de Neio Lucio, em suas mensagens que Chico Xavier psicorafou.

Eh mencionada pelos biografos do Padre Nobrega, entre eles Serafim Leite, Jose Mariz de Morais, Tito Livio Ferreira e Melo Pimenta.

E um outro testemunho de amor ao grande filho de Tarso [e quantos outros desconhecemos?], Emmanuel ofereceu ao doarmos a biografia do grande servidor de Deus, unindo sua historia edificante a vida de outro luminar espiritual: PAULO E ESTEVAO.**

Essa obra monumental que Francisco Candido Xavier psicografou, publicada pela Federacao Espirita Brasileira em 1942, ja na sua oitava edicao neste 1970, eh uma biografia autentica do abnegado apostolo de Jesus Cristo.

Como diz Emmanuel, em sua "Breve Noticia" prefacial, o escopo da obra eh "apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legitima feicao de homem transformado por Jesus Cristo e atento ao divino ministerio".

Oferecendo-o a familia humana, seu iluminado autor deseja que "o exemplo do Grande Covertido se faca mais claro em nossos coracoes a fim de que cada discipulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus Cristo".

Dessa obra magnifica do grande benfeitor espiritual, pela qual o proprio medium sempre se sentiu singulamente atraido, disse o querido Dr. Romulo Joviano , devotado obreiro da antiga oficina de luz de Pedro Leopoldo e velho amigo de Emmanuel."Eh o Livro do trabalhador Cristao".

Clovis Tavares.
Livro:- Amor e Sabedoria de Emmanuel.
pg. 31 /32 e 3


Amigos caso queiram conhecer mais sobre esses grandes pioneiros consultar a " REVISTA SEAREIRO"
www.espiritismoeluz.org.br

Chico Xavier [Janeiro/2005]

Emmanuel [Junho de 2006]

Paulo de Tarso[Junho, Julho e Agosto /2007]





Paulo e Estevao**

Emmanuel

Psi. Francisco Candido Xavier

Ed. FEB



Paulo e Estevao** [prefacio]
Breve Notícia

Não são poucos os trabalhos que correm mundo, relativamente à tarefa gloriosa do Apóstolo dos gentios.

É justo, pois, esperarmos a interrogativa: - Por que mais um livro sobre Paulo de Tarso? Homenagem ao grande trabalhador do Evangelho ou informações mais detalhadas de sua vida?

Quanto à primeira hipótese, somos dos primeiros a reconhecer que o convertido de Damasco não necessita de nossas mesquinhas homenagens; e quanto à segunda, responderemos afirmativamente para atingir os fins a que nos propomos, transferindo ao papel humano, com os recursos possíveis, alguma coisa das tradições do plano espiritual acerca dos trabalhos confiados ao grande amigo dos gentios.

Nosso escopo essencial não poderia ser apenas rememorar passagens sublimes dos tempos dos tempos apostólicos, e sim apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legítima feição de homem transformado por Jesus-Cristo e atento ao divino ministério.

Esclarecemos, ainda, que não é nosso propósito levantar apenas uma biografia romanceada. O mundo está repleto dessas fichas educativas, com referência aos seus vultos mais notáveis.

Nosso melhor e mais sincero desejo é recordar as lutas acerbas e os ásperos testemunhos de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante.

As igrejas amornecidas da atualidade e os falsos desejos dos crentes, nos diversos setores do Cristianismo, justificam as nossas intenções.

Em toda parte há tendências à ociosidade do espírito e manifestações de menor esforço. Muitos discípulos disputam as prerrogativas de Estado, enquanto outros, distanciados voluntariamente do trabalho justo, suplicam a proteção sobrenatural do Céu.

Templos e devotos entregam-se, gostosamente, às situações acomodatícias, preferindo as dominações e regalos de ordem material. Observando esse panorama sentimental é útil recordarmos a figura inesquecível do Apóstolo generoso.

Muitos comentaram a vida de Paulo; mas, quando não lhe atribuíram certos títulos de favor, gratuitos do Céu, apresentaram-no com um fanático de coração ressequido.

Para uns, ele foi um santo por predestinação, a quem Jesus apareceu, numa operação mecânica da graça; para outros, foi um espírito arbitrário, absovente e ríspido, inclinado a combater os companheiros, com vaidade quase cruel.

Não nos deteremos nessa posição extremista.

Queremos recordar que Paulo recebeu a dádiva santa da visão gloriosa do Mestre, às portas de Damasco, mas não podemos esquecer a declaração de Jesus relativa ao sofrimento que o aguardava, por amor ao seu nome.

Certo é que o inolvidável tecelão trazia o seu ministério divino; mas, quem estará no mundo sem um ministério de Deus?

Muita gente dirá que desconhece a própria tarefa, que é insciente a tal respeito, mas nós poderemos responder que, além da ignorância, há desatenção e muito capricho pernicioso.

Os mais exigentes advertirão que Paulo recebeu um apelo direto; mas, na verdade, todos os homens menos rudes têm a sua convocação pessoal ao serviço do Cristo.

As formas podem variar, mas a essência ao apelo é sempre a mesma sutil, inesperadamente; a maioria, porém, resiste ao chamado generoso do Senhor.

Ora, Jesus não é um mestre de violências e se a figura de Paulo avulta muito mais aos nossos olhos, é que ele ouviu, negou-se a si mesmo, arrependeu-se, tomou a cruz e seguiu o Cristo até ao fim de suas tarefas materiais.

Entre perseguições, enfermidades, apodos, zombarias, desilusões, deserções, pedradas, açoites e encarceramentos, Paulo de Tarso foi um homem intéprido e sincero, caminhando entre as sombras do mundo, ao encontro do Mestre que se fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida. Foi muito mais que um predestinado, foi um realizador que trabalhou diariamente para a luz.

O Mestre chama-o, da sua esfera de claridades imortais. Paulo tateia na treva das experiências humanas e responde:

- Senhor, que queres que eu faça?

Entre ele e Jesus havia um abismo, que o Apóstolo soube transpor em decênios de luta redentora e constante.

Demonstrá-lo, para o exame do quanto nos compete em trabalho próprio, a fim de ir ao encontro de Jesus, é nosso objetivo. Outra finalidade deste esforço humilde é reconhecer que o Apóstolo não poderia chegar a essa possibilidade, em ação isolada no mundo.

Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso.

O grande mártir do Cristianismo nascente alcançou influência muito mais vasta na experiência paulina, do que poderíamos imaginar tão-só pelos textos conhecidos nos estudos terrestres.

A vida de ambos está entrelaçada com misteriosa beleza. A contribuição de Estêvão e de outras personagens desta história real vem confirmar a necessidade e a universalidade da lei de cooperação.

E, para verificar a amplitude desse conceito, recordemos que Jesus, cuja misericórdia e poder abrangiam tudo, procurou a companhia de doze auxiliares, a fim de empreender a renovação do mundo.

Aliás, sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.

Desde já, veio os críticos consultando textos e combinando versículos para trazerem à tona os erros do nosso tentame singelo. Aos bem-intencionados agradecemos sinceramente, por conhecer a nossa expressão de criatura falível, declarando que este livro modesto foi grafado por um

Espírito para os que vivam em espírito; e ao pedantismos dogmático, ou literário, de todos os tempos, recorremos ao próprio Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito vivifica.

Oferecendo, pois, este humilde trabalho aos nossos irmãos da Terra, formulamos votos para que o exemplo do Grande Convertido se faça mais claro em nossos corações, à fim de que cada discípulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus-Cristo.

Emmanuel / Pedro Leopoldo, 8 de julho de 1941.








Amor e Sabedoria de Emmanuel*

Clovis Tavares

Ed. IDE

Amor e Sabedoria de Emmanuel*
Estudo sobre a obra espiritual de Emmanuel , além de apresentar apontamentos escritos a partir de encontros do autor com Chico Xavier.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Missionários da Luz André Luiz









Missionários da lUZ (...)



Sim - comentou Alexandre, com elevada sabedoria -, você não pode esquecer que grandes ensinamentos do próprio Mestre foram ministrados no seio da família.

A primeira instituição visível do Cristianismo foi o lar pobre de Simão Pedro, em Cafarnaum.

Uma das primeiras manifestações de Nosso Senhor, diante do povo, foi à multiplicação das alegrias familiares, numa festa de núpcias em pleno aconchego do lar.

Muitas vezes visitou Jesus as casas residenciais de pecadores confessos, acendendo novas luzes nos corações.

A última reunião com os discípulos verificou-se no cenáculo doméstico.

O primeiro núcleo de serviço cristão em Jerusalém foi ainda à moradia simples de Pedro, então transformado em baluarte inexpugnável da nova fé.

Inegavelmente, todo templo de pedra, dignamente superintendido, funciona qual farol no seio das sombras, indicando os caminhos retos aos navegantes do mundo, mas não podemos esquecer que o movimento vital das idéias e realizações baseia-se na igreja viva do espírito, no coração do povo de Deus.

Sem adesão do sentimento popular, na esfera da crença vivida no âmago de cada um qualquer manifestação religiosa reduz-se a mero culto externo.

Por isso mesmo, André, no futuro da Humanidade, os templos materiais do Cristianismo estarão transformados em igrejas-escolas, igrejas-orfanatos, igrejas-hospitais, onde não somente o sacerdote da fé veicule a palavra de interpretação, mas onde a criança encontre arrimo e esclarecimento, o jovem a preparação necessária para as realizações dignas do caráter e do sentimento, o doente o remédio salutar, o ignorante a luz, o velho o amparo e a esperança.

O Espiritismo evangélico é também o grande restaurador das antigas igrejas apostólicas, amorosas e trabalhadoras.

Seus intérpretes fiéis serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade, das catedrais de pedra em lares acolhedores de Jesus.

Espírito André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier
Livro Missionários da Luz *
pg. 84



Missionários da Luz*

Espírito André Luiz

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

ED.FEB




Missionários da Luz [prefacio] *

Ante os Tempos Novos


Enquanto a história relaciona a intervenção de fadas, referindo-se aos gênios tutelares, aos palácios ocultos e às maravilhas da floresta desconhecida, as crianças escutam atentas, estampando alegria e interesse no semblante feliz. Todavia, o narrador modifica a palavra, fixando-a nas realidades educativas, retrai-se a mente infantil, contrafeita, cansada...

Não compreende a promessa da vida futura, com os seus trabalhos e responsabilidades.

Os corações, ainda tenros, amam o sonho, aguardam heroísmo fácil, estimam o menor esforço, não entendem, de pronto, o labor divino da perfeição eterna e, por isso, afastam-se do ensinamento real, admirados, espantadiços.

A vida, porém, espera-os com as suas leis imutáveis e revela-lhes a verdade, gradativamente, sem ruídos espetaculares, com serenidade de mãe.

As páginas de André Luiz recordam essa imagem.

Enquanto os Espíritos Sábios e Benevolentes trazem a visão celeste, alargando o campo das esperanças humanas, todos os companheiros encarnados nos ouvem, extáticos, venturosos. É a consolação sublime, o conforto desejado.

Congregam-se os corações para receber as mensagens do céu. Mas, se os emissários do plano superior revelam alguns ângulos da vida espiritual, falando-lhes do trabalho, do esforço próprio, da responsabilidade pessoal, da luta edificante, do estudo necessário, do auto-aperfeiçoamento, não ocultam a desagradável impressão.

Contrariamente às suposições da primeira hora, não enxergam o céu das facilidades, nem a região dos favores, não divisam acontecimentos milagrosos nem observam a beatitude repousante.

Ao invés do paraíso próximo, sentem-se nas vizinhanças de uma oficina incansável, onde o trabalhador não se elevará pela mão beijada protecionismo e sim à custa de si mesmo, para que deva à própria consciência a vitória ou a derrota. Percebem a lei imperecível que estabelece o controle da vida, em nome do Eterno, sem falsos julgamentos.

Compreendem que as praias de beleza divina e os palácios encantados da paz aguardam o Espírito noutros continentes vibratórios do Universo, reconhecendo, no entanto, que lhes compete suar e lutar, esforçar-se e aprimorar-se por alcançá-los, bracejando no imenso mar das experiências.

A maioria espanta-se e tenta o recuo. Pretende um céu fácil, depois da morte do corpo, que seja conquistado por meras afirmativas doutrinais.

Ninguém, contudo, perturbará a lei divina; a verdade vencerá sempre e a vida eterna continuará ensinando, devagarinho, com paciência maternal.

Ao Espiritismo cristão cabe, atualmente, no mundo, grandiosa e sublime tarefa.

Não basta definir-lhe as características veneráveis de Consolador da Humanidade, é preciso também revelar-lhe a feição de movimento libertador de consciências e corações.

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento.

Ao seu influxo, ninguém deve esperar soluções finais e definitivas, quando sabemos que cem anos de atividade no mundo representam uma fração relativamente curta de tempo para qualquer edificação na vida eterna.Infinito campo de serviço aguarda a dedicação dos trabalhadores da verdade e do bem.

Problemas gigantescos desafiam os Espíritos valorosos, encarnados na época presente, com a gloriosa missão de preparar a nova era, contribuindo na restauração da fé viva e na extensão do entendimento humano.

Urge socorrer a Religião, sepultada nos arquivos teológicos dos templos de pedra, e amparar a Ciência, transformada em gênio satânico da destruição.

A espiritualidade vitoriosa percorre o mundo, regenerando-lhe as fontes morais, despertando a criatura no quadro realista de suas aquisições.

Há chamamentos novos para o homem descrente, do século XX, indicando-lhe horizontes mais vastos, a demonstrar-lhe que o Espírito vive acima das civilizações que a guerra transforma ou consome na sua voracidade de dragão multimilenário.

Ante os tempos novos e considerando o esforço grandioso da renovação, requisita-se o concurso de todos os servidores fiéis da verdade e do bem para que, antes de tudo, vivam a nova fé, melhorando-se e elevando-se cada um, a caminho do mundo melhor, a fim de que a edificação do Cristo prevaleça sobre as meras palavras das ideologias brilhantes.

Na consecução da tarefa superior, congregam-se encarnados e desencarnados de boa vontade, construindo a ponte de luz, através da qual a Humanidade transportará o abismo da ignorância e da morte.

É por este motivo, leitor amigo, que André Luiz vem, uma vez mais, ao teu encontro, para dizer-te algo do serviço divino dos "Missionários da Luz", esclarecendo, ainda que o homem é um Espírito Eterno habitando temporariamente o templo vivo da carne terrestre; que o perispírito não é um corpo de vaga neblina e sim organização viva a que se amoldam as células mateirais; que a alma, em qualquer parte, recebe segundo as suas criações individuais; que os laços do amor e do ódio nos acompanham em qualquer círculo da vida; que outras atividades são desempenhadas pela consciência encarnada, além da luta vulgar de cada dia; que a reencarnação é orientada por sublimes ascendentes espirituais e que, além do sepulcro, a alma continua lutando e aprendendo, aperfeiçoando-se e servindo aos desígnios do Senhor, crescendo sempre para a glória imortal a que o Pai nos destinou.

Se a leitura te assombra, se as afirmativas do Mensageiro te parecem revolucionárias, recorre à oração e agradece ao Senhor o aprendizado, pedindo-lhe te esclareça e ilumine, para que a ilusão não te retenha em suas malhas. Lembra-te de que a revelação da verdade é progressiva e, rogando o socorro divino para o teu coração, atende aos sagrados deveres que a Terra te designou para cada dia, consciente de que a morte do corpo não te conduzirá à estagnação e sim a novos campos de aperfeiçoamento e trabalho, de renovação e luta bendita, onde viverás muito mais e mais intensamente.



Emmanuel / Pedro Leopoldo, 13 de maio de 1945.

Prece do Entendimento


PRECE DO ENTENDIMENTO

Senhor !
Agradeço as bênçãos que me deste,
sem que eu soubesse compreendê-las.
Roguei-te paz, e me enviaste as tribulações que me tumultuaram o recanto de ação, compelindo-me
a lutar, por dentro de mim, para asserenar aqueles
que me cercam e somente após reconhece-los tranqüilos,
é que notei a paz de todos eles habitando-me o coração.
Supliquei-te defesas, e determinaste que forças contrárias ao meu reconforto me atingissem o espírito e o ambiente em que me encontro, obrigando-me a longo esforço
para criar refúgio e apoio para quantos me confiaste ao amor e, apenas depois de observá-los felizes, é que reconheci comigo a alegria de todos eles em forma e segurança.
Obrigado, Senhor, porque não me doaste aquilo que eu precisava segundo as minhas requisições, e sim
de acordo com as minhas necessidades.
E agradeço, ainda, porque me mostraste, sem palavras,
a significação do ensino que transmite ao teu apóstolo da humildade:
- "É dando que se recebe."

O Empurrão autor desconhecido


O empurrão
A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? - Pensou ela.O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final o empurrão.A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

O significado do sofrimento, Blog Espirita na net

Significado do sofrimento na vida
Para melhor expressar-se, o amor irrompe de formas diferentes, convidando à reflexão em torno dos valores existenciais. Muito do significado que se caracteriza pelo poder — mecanismo dominante da realização do ego — desaparece, quando o amor não está presente, preenchendo o vazio existencial. Essa ânsia de acumular, de dominar, que atormenta enquanto compraz, torna-se uma projeção da insegurança íntima do ser que se mascara de força, escondendo a fragilidade pessoal, em mecanismos escapistas injustificáveis que mais postergam e dificultam a auto-realização.
A perda da tradição é como um puxar do tapete no qual se apoiam os pés de barro do indivíduo que se acreditava como o rei da criação e, subitamente se encontra destituído da força de dominação, ante o desaparecimento de alguns instintos básicos, que vêm sendo substituídos pela razão. O discernimento que conquista é portador de mais vigor do que a brutalidade dos automatismos instintivos, mas somente, a pouco e pouco, é que o inconsciente assimilará essa realidade, que partirá da consciência para os mais recônditos refolhos da psique.
Nesta transformação — a metamorfose que se opera do rastejar no primarismo para a ascese do raciocínio — o sofrimento se manifesta, oferecendo um novo tipo de significado e de propósito para a vida.
Impossível de ser evitado, torna-se imperioso ser compreendido e aceito, porquanto o seu aguilhão produz efeitos correspondentes à forma porque se deva aceitá-lo.
Quando explode, a rebeldia torna-se uma sensação asselvajada, dilaceradora, que mortifica sem submeter, até o momento em que, racionalmente aceito, faz-se instrumento de purificação, estímulo para o progresso, recurso de transformação interior.
O desabrochar da flor, rompendo o claustro onde se ocultam o perfume, o pólen, a vida, é uma forma de despedaçamento, que ocorre, no entanto, no momento próprio para a harmonia, preservando a estrutura e o conteúdo, a fim de repetir a espécie.
O parto que propicia vida é também doloroso processo que faculta dilaceração.
O sofrimento, portanto, seja ele qual for, demonstra a transitoriedade de tudo e a respectiva fragilidade de todos os seres e de todas as coisas que os cercam, alterando as expressões existenciais, aprimorando-as e ampliando-lhes as resistências, os valores que se consolidam. Na sua primeira faceta demonstra que tudo passa, inclusive, a sua presença dominante, que cede lugar a outras expressões emocionais, nada perdurando indefinidamente. Na outra vertente, a aquisição da resistência somente é possível mediante o choque, a experiência pela ação.
O ser psicológico sabe dessa realidade, O Self identifica-a, porém o ego a escamoteia, fiel ao atavismo ancestral dos seus instintos básicos.
O sofrimento constitui, desse modo, desafio evolutivo que faz parte da vida, assim como a anomalia da ostra produzindo a pérola. Aceitá-lo com resignação dinâmica, através de análise lúcida, e bem direcioná-lo é proporcionar-se um sentido existencial estimulante, responsável por mais crescimento interior e maior valorização lógica de si mesmo, sem narcisismo nem utopias.
Todos os indivíduos, uma ou mais vezes, são convidados ao enfrentamento, em enfermidades graves ou irreversíveis, com dramas familiares inabordáveis, com situações pessoais quase insuportáveis, defrontando o sofrimento.
A reação irracional contra a ocorrência piora, alucina ou entorpece os centros da razão, enquanto que a compreensão natural, a aceitação tranquila, propiciam a oportunidade de conseguir o valor supremo de oferecer-se para a conquista do sentimento mais profundo da existência.
A morte, a enfermidade, os desastres econômicos, os dramas morais, os insucessos afetuosos, a solidão e tantas outras ocorrências perturbadoras, porque inevitáveis, produzindo sofrimento, devem ser recebidas com disposição ativa de experienciá-las. Para alguns desses acontecimentos palavra alguma pode diluir-lhe os efeitos. Somente a interação moral, a confiança em Deus e em si mesmo para a convivência feliz com os seus resultados.
Esta disposição nasce da maturidade psicológica, do equilíbrio entre compreender, aceitar e vivenciar. Aqueles que não os suportam, entregando-se a lamentações e silícios íntimos, permanecem em estado de infância psicológica, sentindo a falta da mãe superprotetora que os aliviava de tudo, que tudo suportava em vãs tentativas de impedir-lhes a experiência de desenvolvimento evolutivo.
A aceitação, porém, do sofrimento como significado existencial e propósito de vida, não se torna uma cruz masoquista, mas se transforma em asas de libertação do cárcere material para a conquista da plenitude do ser.
Do livro “Amor, Imbatível Amor”
Pelo Espírito 'Joanna de Ângelis'
Psicografia Divaldo Pereira Franco

Filhos adotivos

Filhos Adotivos
Filhos existem no mundo que reclamam compreensão mais profunda para que a existência se lhes torne psicologicamente menos difícil.
Reportamo-nos aos filhos adotivos que abordam o lar pelas vias da provação, sem deixarem de ser criaturas que amamos enternecidamente.
Coloquemos-nos na situação deles para mais claro entendimento do assunto.
Muitos de nós, nas estâncias do pretérito, teremos pisoteado os corações afetuosos que nos acolheram em casa, seja escravizando-os aos nossos caprichos ou apunhalando-lhes a alma a golpes de ingratidão. Desacreditando-lhes os esforços e dilapidando-lhes as energias, quase sempre lhes impusemos aflição por reconforto, a exigir-lhes sacrifícios até que lhes ofertamos a morte em sofrimento pelo berço que nos deram em flores de esperança.
Um dia, no entanto, desembarcados no Mais Além, percebemos a extensão de nossos erros e, de consciência desperta, lastimamos as próprias faltas.
Corre o tempo e, quando aqueles mesmos espíritos queridos que nos serviram de pais retornam à Terra em alegre comunhão afetiva, ansiamos retomar-lhes o calor da ternura mas, nesse passo da experiência, os princípios da reencarnação, em muitas circunstâncias, tão somente nos permitem desfrutar-lhes a convivência na posição de filhos alheios, a fim de aprendermos a entesourar o amor verdadeiro nos alicerces da humildade.
Reflitamos nisso. E se tens na Terra filhos por adoção, habitua-te a dialogar com eles, tão cedo quando possível, para que se desenvolvam no plano físico sob o conhecimento da verdade. Auxilia-os a reconhecer desde cedo, que são agora seus filhos do coração, buscando reajustamento afetivo no lar, a fim de que não sejam traumatizados na idade adulta por revelações à base de violência, em que frequentemente se lhes acordam no ser as labaredas da afeição possessiva de outras épocas, em forma de ciúme e revolta, inveja e desesperação.
Efetivamente, amas aos filhos adotivos com a mesma abnegação com que te empenhas a construir a felicidade dos rebentos do próprio sangue. Entretanto, não lhes ocultes a realidade da própria situação para que não te oponhas à Lei de Causa e Efeito que os trouxe de novo ao teu convívio, a fim de olvidarem os desequilíbrios passionais que lhes marcaram a conduta em outro tempo.
Para isso, recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus.
Pelo Espírito Emmanuel (Do livro “Astronautas do Além”, de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos)


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O estranho mundo dos suicidas

O Estranho Mundo dos Suicidas
Frederico Francisco
Freqüentemente somos procurados por iniciantes do Espiritismo, para explicações sobre este ou aquele ponto da Doutrina. Tantas são as perguntas, e tão variadas, que nos chegam, até mesmo através de cartas, que chegamos à conclusão de que a dúvida e a desorientação que lavram entre os aprendizes da Terceira Revelação partem do fato de eles ainda não terem percebido que, para nos apossarmos dos seus legítimos ensinamentos, havemos de estabelecer um estudo metódico, parcelado, partindo da base da Doutrina, ou exposição das leis, e não do coroamento, exatamente como o aluno de uma escola iniciará o curso da primeira série e não da quarta ou da quinta.
Desconhecendo a longa série dos clássicos que expuseram as leis transcendentes em que se firmam os valores da mesma Doutrina, não somente nos veremos contornados pela confusão, impossibilitados de um sadio discernimento sobre o assunto, como também o sofisma, tão perigoso em assuntos de Espiritismo, virá em nosso encalço, pois não saberemos raciocinar devidamente, uma vez que só a exposição das leis da Doutrina nos habilitará ao verdadeiro raciocínio.
Procuraremos responder a uma dessas perguntas, de vez que nos chegou através de uma carta, pergunta que nos afligiu profundamente, visto que fere assunto melindroso, dos mais graves que a Doutrina Espírita costuma examinar. A dita pergunta veio acompanhada de interpretações sofismadas, próprias daquele que ainda não se deu ao trabalho de investigar o assunto para deduzir com a segurança da lógica. Pergunta o missivista:
- Um suicida por motivos nobres sofre os mesmos tormentos que os demais suicidas? Não haverá para ele uma misericórdia especial?
E então respondemos:
- De tudo quanto, até hoje, temos estudado, aprendido e observado em torno do suicídio à luz da Doutrina Espírita, nada, absolutamente, nos tem conferido o direito de crer que existam motivos nobres para justificar o suicídio perante as leis de Deus. O que sabemos é que o suicídio é infração às leis de Deus, considerada das mais graves que o ser humano poderia praticar ante o seu Criador. Os próprios Espíritos de suicidas são unânimes em declarar a intensidade dos sofrimentos que experimentam, a amargura da situação em que se agitam, conseqüentes do seu impensado ato. Muitos deles, como o grande escritor Camilo Castelo Branco, que advertiu os homens em termos veementes, em memorável comunicação concedida ao antigo médium Fernando de Lacerda, afirmam que a fome, a desilusão, a pobreza, a desonra, a doença, a cegueira, qualquer situação, por mais angustiosa que seja,, sobre a Terra, ainda seria excelente condição "comparada ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio".
Durante nosso longo tirocínio mediúnico, temos tratado com numerosos Espíritos de suicidas, e todos eles se revelam e se confessam superlativamente desgraçados no Além-Túmulo, lamentando o momento em que sucumbiram. Certamente que não haverá regra geral para a situação dos suicidas. A situação de um desencarnado, como também de um suicida, dependerá até mesmo do gênero de vida que ele levou na Terra, do seu caráter pessoal, das ações praticadas antes de morrer.
Num suicídio violento como, por exemplo, os ocasionados sob as rodas de um trem de ferro, ou outro qualquer veículo, por uma queda de grande altura, pelo fogo, etc., necessariamente haverá traumatismo perispiritual e mental muito mais intenso e doloroso que nos demais. Mas a terrível situação de todos eles se estenderá por uma rede de complexos desorientadores, implicando novas reencarnações que poderão produzir até mesmo enfermidades insolúveis, como a paralisia e a epilepsia, descontroles do sistema nervoso, retardamento mental, etc. Um tiro no ouvido, por exemplo, segundo informações dos próprios Espíritos de suicidas, em alguns casos poderá arrastar à surdez em encarnação posterior; no coração, arrastará a enfermidades indefiníveis no próprio órgão, conseqÜência essa que infelicitará toda uma existência, atormentando-a por indisposições e desequilíbrios insolúveis.
Entretanto, tais conseqüências não decorrerão como castigo enviado por Deus ao infrator, mas como efeito natural de uma causa desarmonizada com as leis da vida e da morte, lei da Criação, portanto. E todo esse acervo de males será da inteira responsabilidade do próprio suicida. Não era esse o seu destino, previsto pelas leis divinas. Mas ele próprio o fabricou, tal como se apresenta, com a infração àquelas leis. E assim sendo, tratando-se, tais sofrimentos, do efeito natural de uma causa desarmonizada com leis invariáveis, qualquer suicida há de suportar os mesmos efeitos, ao passo que estes seguirão seu próprio curso até que causas reacionárias posteriores os anulem.
No caso proposto pelo nosso missivista, poderemos raciocinar, dentro dos ensinamentos revelados pelos Espíritos, que o suicida poderia ser sincero ao supor que seu suicídio se efetivasse por um motivo nobre. Os duelos também são realizados por motivos que os homens supõem honrosos e nobres, assim como as guerras, e ambos são infrações gravíssimas perante as leis divinas. O que um suicida suporia motivo honroso ou nobre, poderia, em verdade, mais não ser do que falso conceito, sofisma, a que se adaptou, resultado dos preconceitos acatados pelos homens como princípios inabaláveis.
A honra espiritual se estriba em pontos bem diversos, porque nos induzirá, acima de tudo, ao respeito das mesmas leis. Mas, sendo o suicida sincero no julgar que motivos honrosos o impeliram ao fato, certamente haverá atenuantes, mas não justificativa ou isenção de responsabilidades. Se assim não fosse, o raciocínio indica que haveria derrogação das próprias leis de harmonia da Criação, o que não se poderá admitir.
Quanto à misericórdia a que esse infrator teria direito como filho de Deus, não se trataria, certamente, de uma "misericórdia especial". A misericórdia de Deus se estende tanto sobre esse suicida como sobre os demais, sem predileções nem protecionismo. Ela se revela no concurso desvelado dos bons Espíritos, que auxiliarão o soerguimento do culpado para a devida reabilitação, infundindo-lhe ânimo e esperança e cercando-o de toda a caridade possível, inclusive com a prece, exatamente como na Terra agimos com os doentes e sofredores a quem socorremos. Estará também na possibilidade de o suicida se reabilitar para si próprio, através de reencarnações futuras, para as duas sociedades, terrena e invisível; as quais escandalizou com o seu gesto, e para as leis de Deus, sem se perder irremissivelmente na condenação espiritual.
De qualquer forma, com atenuantes ou agravantes, o de que nenhum suicida se isentará é da reparação do ato que praticou com o desrespeito às leis da Criação, e uma nova existência o aguardará, certamente em condições mais precárias do que aquela que destruiu, a si mesmo provando a honra espiritual que infringira.
O suicídio é rodeado de complexos e sutilezas imprevisíveis, contornado por situações e conseqüências delicadíssimas, que variam de grau e intensidade diante das circunstâncias. As leis de Deus são profundas e sábias, requerendo de nós outros o máximo equilíbrio para estudá-las e aprendê-las sem alterá-las com os nossos gostos e paixões.
Assim sendo, que fique bem esclarecido que nenhum motivo neste mundo será bastante honroso para justificar o suicídio diante das leis de Deus. O suicida é que poderá ser sincero ao supor tal coisa, daí advindo então atenuantes a seu favor. O melhor mesmo é seguirmos os conselhos dos próprios suicidas que se comunicam com os médiuns: - Que os homens suportem todos os males que lhes advenham da Terra, que suportem fome, desilusões, desonra, doenças, desgraças sob qualquer aspecto, tudo quanto o mundo apresente como sofrimento e martírio, porque tudo isso ainda será preferível ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio. E eles, os Espíritos dos suicidas, são, realmente, os mais credenciados para tratar do assunto.
Revista Reformador de março de 1964

Jóas devolvidas Sol Namastê


Jóias devolvidas
Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.A esposa, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: - Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.O marido, já um pouco preocupado perguntou: - O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.- Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas jóias de valor incalculável, para que as guardasse. São jóias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!- O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?- Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?- É que nunca havia visto jóias assim! São maravilhosas! - Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.- Mas eu não consigo aceitar a idéia de perdê-las!E o rabi respondeu com firmeza: - Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!- Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos, hoje mesmo.- Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito. As jóias preciosas eram nossos filhos. Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram. O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero. Os filhos são jóias preciosas que o Criador nos confia a fim de que as ajudemos a burilar-se. Não percamos a oportunidade de enfeitá-las de virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-las a Deus, que possam estar ainda mais belas e mais valiosas.

Postagens populares


O poço e a pedra Sol Namastê


O poço e a pedra
Um monge peregrino caminhava por uma estrada quando, do meio da relva alta, surgiu um homem jovem de grande estatura e com olhos muito tristes. Assustado com aquele aparecimento inesperado, o monge parou e perguntou se poderia fazer algo por ele. O homem abaixou os olhos e murmurou envergonhado:
- "Sou um criminoso, um ladrão. Perdi o afeto de meus pais e dos meus amigos. Como quem afunda na lama, tenho praticado crime após crime. Tenho medo do futuro e não sinto sossego por nenhum instante. Vejo que o senhor é um monge, livre-me então desse sofrimento, dessa angústia!" - pediu ajoelhando-se.
O monge, que ouvira tudo em silêncio, fitou os olhos daquele homem e alguns instantes depois disse:
- "Estou com muita sede. Há alguma fonte por aqui?" Com expressão de surpresa pela repentina pergunta, o jovem respondeu:"Sim, há um poço logo ali, porém nele não há roldana, nem balde. Tenho aqui, no entanto, uma corda que posso amarrar na sua cintura e descê-lo para dentro do poço. O senhor poderá tomar água até se saciar. Quando estiver satisfeito, avise-me que eu o puxarei para cima."
O monge sorrindo aceitou a idéia e logo em seguida encontrava-se dentro do poço. Pouco depois, veio a voz do monge: "pode puxar!" O homem deu um puxão na corda empregando grande força, mas nada do monge subir. Era estranho, pois parecia que a corda estava mais pesada agora do que no início.Depois de inúteis tentativas para fazer com que o monge subisse, o homem esticou o pescoço pela borda, observou a semi-escuridão do interior do poço para ver o que se passava lá no fundo. Qual não foi sua surpresa ao ver o monge firmemente agarrado a uma grande pedra que havia na lateral. Por um momento ficou mudo de espanto, para logo em seguida gritar zangado:
- "Ei, que é isso? O que faz o senhor aí? Pare já com essa brincadeira boba! Está escurecendo, logo será noite. Vamos, largue essa rocha para que eu possa içá-lo".
De lá de dentro o monge pediu calma ao rapaz, explicando:
- "Você é grande e forte, mas mesmo com toda essa força não consegue me puxar se eu ficar assim agarrado a esta pedra. É exatamente isso que está acontecendo com você. Você se considera um criminoso, um ladrão, uma pessoa que não merece o amor e o afeto de ninguém. Encontra-se firmemente agarrado a essas idéias. Desse jeito, mesmo que eu ou qualquer outra pessoa faça grande esforço para reerguê-lo, não vai adiantar nada". Tudo depende de você. Somente você pode resolver se vai continuar agarrado ou se vai se soltar. Se quer realmente mudar, é necessário que se desprenda dessas idéias negativas que o vêm mantendo no fundo do poço. Desprenda-se e liberte-se".
A escuridão nada mais é do que a falta de luz, assim como o mal é a ausência do bem. Quando pensamentos negativos turvarem nossos pensamentos, ocultando nossos melhores sentimentos, busquemos a luz da verdade e o caminho do bem. Abandonemos as pedras da ignorância e do medo que nos mantêm prisioneiros de nossas próprias imperfeições, nos poços do egoísmo e do orgulho.

A fábula do porco-espinho Sol Namastê


A fábula do porco-espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isso, tornaram a se afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados e precisaram fazer uma escolha: desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam, assim, a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram.

Saiba VIVER ! Sol Namastê

Viver é inventar seu dia.É desconhecer a arrogância.Exalar pura energia.Fazer poemas de amor.Devolver sorrisos.Acreditar que o bem vence o mal, sempre.Enfeitar o coração com cores.Conquistar amigos e ser sempre leal e fiel.Transformar dor em alegria.Ser amor de coração.Inspirar justiça.Viver é correr atrás dos sonhos, da inspiração, dos projetos.Buscar entendimento das coisas.Ser sempre da paz.Agradecer as dádivas recebidas.Buscar o que te faz bem e aos outros também.Amar! Pintar o mundo com as cores que te der na telha.Estar sempre jovem.Viver é ser sempre verdadeiro.É constantemente redescobrir as coisas belas da vida lembrando que o sorriso é o idioma universal.Ouvir música que acalme a alma.Desacelerar e aproveitar o tempo, cada pequeno momento de prazer.Lembre-se: o final não existe.Tudo é um eterno recomeço.Viver é simplesmente ver a vida com o coração.
“Torna-te pacificador. Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz. Confia na força da não violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti.”
Joanna de Ângelis / Divaldo Franco

Conhece-te a ti mesmo!

Conhece-te a ti mesmo
"Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar os conceitos de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:- Não passas de um bruto... não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:- Eu poderia te matar por tua impertinência.- Isso - respondeu o monge - é o inferno.Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominava, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.- E isso - disse o monge - é o céu."
A súbita consciência do samurai sobre seu estado de agitação ilustra a crucial diferença entre alguém ser possuído por um sentimento e tomar consciência que está sendo arrebatado por ele. A recomendação de Sócrates - "conhece-te a ti mesmo" - é a pedra de toque da inteligência emocional: a consciência de nossos sentimentos no momento exato em que eles ocorrem.

A historia do Samurai..Sol Namastê

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: "Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"
"Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?" - perguntou o Samurai. "A quem tentou entregá-lo" - respondeu um dos discípulos. "O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos" - disse o mestre. "Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir..."

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Correr riscos Sol Namastê

Correr Riscos
É preciso correr riscos. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.Todos os dias, o Criador nos dá - junto com o sol - um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos este momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã.Mas, quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Este momento existe - um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.A felicidade às vezes é uma bênção - mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia nos ajuda a mudar, nos faz ir em busca de nossos sonhos.Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões - mas tudo é passageiro. E, no futuro, podemos olhar para trás com orgulho e fé.Pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás - porque sempre olhamos para trás - vai escutar seu coração dizendo: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste fundo em uma cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste tua vida".Pobre de quem escuta estas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.
Texto de Paulo Coelho, do livro "Na margem do Rio Piedra eu sentei e chorei".

Qual é o sentido da vida? José Carlos de Lucca

...Qual é o sentido da vida?
Deixei que a vida que palpita em mim respondesse. Silenciei e ela, no entanto, ao invés de responder, trouxe-me uma pergunta.
Indagou-me se havia alguém no mundo que fosse exatamente como eu.
Depois de alguma hesitação, respondi que não. Foi então que ela me disse que, de fato, não havia ninguém no mundo que fosse como eu, que tivesse a mesma individualidade. Então eu perguntei o que isso significa. E a vida que corre no meu sangue disse-me que o sentido da minha existência era ser exatamente como eu sou< externar a minha individualidade, que é só minha, fazer as coisas do meu jeito, não querer imitar os outros, desenvolver os potenciais que são meus.
Diante da minha perplexidade, a vida convidou-me a olhar um jardim. Pediu-me para dizer o que via e disse-lhe que notava várias flores, varios aromas. Notei que cada flor tinha a sua beleza própria, o seu aroma específico e que a beleza estava no todo, na diversidade de cores e perfumes.
E Novamente a vida me indagou o que seria do jardim se arrancássemos uma das suas flores.
Respondi que o jardim não ficaria tão bonito. Ela então observou que o mundo poderia ser comparado a um imenso jardim, onde cada ser humano era uma de suas flores.
O sentido da nossa vida seria expressar a nossa beleza, o nosso perfume. Fiquei encantado com aquela belíssima comparação e descobri que a minha vida teria sentido quando eu externasse o meu jeito de ser, a minha maneira de ver o mundo, dar o contributo dos meus talentos e ajudar a encantar o jardim de Deus.
A vida lembrou-me que a flor nasce da semente, sofre as intempéries da natureza, mas cresce e cumpre sua finalidade que é embelezar o mundo, encantar os homens, suavizando-lhes as asperezas da existencia. Somos como a flor, nascemos, crescemos e sofremos os revezes da dor, mas devemos saber que o Sol e a chuva são o adubo de Deus pera que a semente cresça forte, brilhe em luz, exalando seu inconfundível perfume.
...mais uma pergunta.
Dentre as flores existe a mais bela?
Disse não, que todas eram maravilhosas. Pois bem, eis aí outra lição: nenhuma flor é mais bonita do que a outra.
Como flor da vida não posso me considerar a mais bela, nem tampouco alguma de qualidade inferior.
Também não sou a única: devo ser apenas eu. Mas sei que sem a minha presença, sem o meu aroma, a vida não será a mesma.
O sentido da vida será encontrar o meu papel no jardim de Deus.
Dr. José Carlos De Lucca

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Software do Amor

SOFTWARE DO AMOR
Cliente: Alô... é do Setor de "Atendimento ao Cliente"???Atendente: Boa tarde Senhora. Em que lhe posso ser útil?Cliente: Comprei o seu programa AMOR, mas até agora não consegui instalar.Eu não sou técnica no assunto, mas acho que possoinstalar com a sua ajuda. O que eu devo fazer primeiro?Atendente: O primeiro passo é abrir o seu CORAÇÃO.A senhora encontrou seu CORAÇÃO?Cliente: Sim, encontrei. Mas há diversos programas funcionando agora.Tem algum problema em instalar o AMOR enquantooutros programas estão funcionando?Atendente: Que programas estão funcionando, senhora?Cliente: Deixe-me ver... Eu tenho BAIXA ESTIMA.EXE,RESSENTIMENTO.COM, ODIO.EXEe RANCOR.EXE funcionando agora.Atendente: Nenhum problema. O AMOR apagaráautomaticamente RANCOR.EXE de seu sistema operacional atual.Pode ficar em sua memória permanente,mas não vai causar problemas por muito tempo para outros programas.O AMOR vai reescrever BAIXA ESTIMA.EXE em uma versão melhor,chamada AUTO ESTIMA.EXE. Entretanto,a senhora tem que desligar completamente oODIO.EXE e RESSENTIMENTO.COM. Esses programasimpedem que o AMOR seja instalado corretamente.A senhora pode desligá-los?Cliente: Eu não sei como desligá-los. Você pode me dizer como?Atendente: Com prazer! Vá ao Menu e clique em PERDAO.EXE.Faça isso quantas vezes forem necessárias, até o ODIO.EXE eRESSENTIMENTO.COM serem apagados completamente.Cliente: Ok! Terminei! O AMOR começou a instalar-se automaticamente.Isso é normal?Atendente: Sim, é normal. A senhora deverá receberuma mensagem dizendo que reinstalará a vida de seu coração.A senhora tem essa mensagem?Cliente: Sim, eu tenho. Está completamente instalado?Atendente: Sim. Mas lembre-se: a senhora só tem oprograma de modelo básico.A senhora precisa começar a se conectar com outrosCORAÇÕES a fim de obter melhoramentos.Cliente: Oh! Meu Deus! Eu já tenho uma mensagemde erro. Que devo fazer?Atendente: O que diz a mensagem?Cliente: Diz: "ERRO 412 - O PROGRAMA NÃO FUNCIONAEM COMPONENTES INTERNOS".O que isso significa?Atendente: Não se preocupe, senhora. Este é um problema comum.Significa que o programa do AMOR está ajustado parafuncionar em CORAÇÕES externos,mas ainda não está funcionando em seu CORAÇÃO.É uma daquelas complicadas coisas de programação,mas em termos não-técnicos, significa que a senhoratem que "AMAR" sua própria máquina antes que possa amar outra.Cliente: Então, o que devo fazer?Atendente: A senhora pode achar o diretório chamado"AUTO ACEITAÇÃO"?Cliente: Sim, encontrei.Atendente: Excelente! A senhora está ficando ótima nisso!Cliente: Obrigada!Atendente: De nada. Faça o seguinte: clique nos arquivos BONDADE.DOC,AUTO ESTIMA.TXT, VALORIZE-SE.TXT, PERDÃO.DOCe copie-os para o diretório "MEU CORAÇÃO".O sistema irá reescrever todos os arquivos em conflito ecomeçará a consertar a programação defeituosa.Também a senhora precisa apagar AUTO CRITICA.EXEde todos os diretórios e depois esvazie a sua lixeira paracertificar-se de que nunca voltem.Cliente: Consegui! Meu CORAÇÃO está cheio de arquivos realmente puros!Eu tenho no meu monitor, agora, o SORRISO.MPG eestá mostrando que PAZ.EXE, CONTENTAMENTO.COM eBONDADE.COM foram instalados automaticamente no meu CORAÇÃO.Atendente: Então, terminamos! O AMOR está instalado e funcionando,Ah! Mais uma coisa antes de eu ir.Cliente: Sim?Atendente: O AMOR é um programa grátis.Faça o possível para distribuir uma cópia de seus váriosmodelos a quem a senhora encontrar e, dessa forma, asenhora receberá de volta dessas pessoas novosmodelos verdadeiramente puros.Cliente: Obrigada pela sua ajuda!

A vida começa quando nos encontramos!

A vida começa quando nos encontramos!

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Quando estiver em dificuldade... Charles Chaplin

Quando estiver em dificuldade E pensar em desistir, Lembre-se dos obstáculos Que já superou. OLHE PARA TRÁS. Se tropeçar e cair, levante, Não fique prostrado, Esqueça o passado. OLHE PARA FRENTE. Ao sentir-se orgulhoso, Por alguma realização pessoal, Sonde suas motivações. OLHE PARA DENTRO. Antes que o egoísmo o domine, Enquanto seu coração é sensível, Socorra aos que o cercam. OLHE PARA OS LADOS. Na escalada rumo às altas posições No afã de concretizar seus sonhos, Observe se não está pisando EM ALGUEM OLHE PARA BAIXO. Em todos os momentos da vida, Seja qual for sua atividade, Busque a aprovação de Deus! OLHE PARA CIMA. "Nunca se afaste de seus sonhos, pois se eles se forem, você continuara vivendo, mas terá deixado de existir". (Charles Chaplin)

Não espere Emmanuel

Não espere um sorriso para ser gentil;Não espere ser amado para amar;Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de quem está ao seu lado;Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante em sua vida;Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar;Não espere a queda para lembrar-se do conselho;Não espere...Não espere a enfermidade para perceber o quanto é frágil a vida;Não espere pessoas perfeitas para então se apaixonar;Não espere a mágoa para pedir perdão;Não espere a separação para buscar reconciliação;Não espere a dor para acreditar em oração;Não espere elogios para acreditar em si mesmo;Não espere...Não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado;Não espere o eu te amo,para dizer eu também;Não espere o dia da sua morte para começar a amar a vida;E então,o que você está esperando?

Depressões Francisco Cândido Xavier

DepressõesAutor: Emmanuel (espírito)Se trazes o espírito agoniado por sensações depressivas, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar. Se alguém te ofendeu, desculpa. Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude . Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres. Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar. Trabalho é a lei do Universo. Disciplina é alicerce da educação. Circunstâncias constrangedoras assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima. Imcompreensões com relação a caminho e decisões que se adotem são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho. Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização imposível. Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual. Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida. Conflitos íntimos marcam toda criatura que aspire a elevar-se. Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã. Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação. Compreendendo a realidade de toda a pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e, abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente. Psicografia de Chico Xavier



Prece da Serenidade

Concedei-me Senhor,Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,Coragem para mudar as que posso mudar, eSabedoria para discernir entre as duasVivendo um dia de cada vez,apreciando um momento de cada vez,recebendo as dificuldades como um caminho para a paz,aceitando este mundo como ele é,e não como gostaria que ele fosse.Confiando que tudo dará certo,pois assim poderei ser razoavelmente feliz nesta vida,e supremamente feliz na outra.Amém!

Se você puder Dale Carnegie





Se você não puder ser um pinheiro no topo da colina,Seja um arbusto no vale - mas sejaO melhor arbusto à margem do regato:Seja um ramo, se não puder ser uma árvore. Se não puder ser um ramo, seja um pouco de relva,E dê alegria a algum caminho:Se não puder ser almíscar, seja então, apenas uma tília - Porém a tília mais cheia de vida do lago! Não podemos ser todos capitães; temos de ser tripulação.Há alguma coisa para todos nós aqui.Há grandes obras e outras menores a realizar,E é a próxima a tarefa que devemos empreender. Se você não puder ser uma estrada, seja apenas uma senda,Se não puder ser Sol, seja uma estrela;Não é pelo tamanho que terá êxito ou fracasso - Mas seja o melhor, do que quer que você seja!



Aviso do tempo...Livro de respostas Emmanuel Sol Namastê

Aviso do tempo
....dia igual ao de hoje só terás uma vez.
O Tempo endereça as criaturas o seguinte aviso, em cada alvorecer:
- Certamente, Deus te concederá outros dias e outras oportunidades de trabalho, mas faze agora todo o bem que puderes porque dia igual ao de hoje só terás um vez.
Livro de resposta Emmanuel
Sol Namastê

Sentimentos..Hide..Sol Namastê

Você sabe o que é a coisa que mais dá medo e a coisa mais maravilhosa da vida?São os nossos sentimentos.O que dá medo é que é dentro de nós que nascem os sentimentos de raiva,ódio, inveja, tristeza, receio, pobreza, solidão.E com estes sentimentos fechamos nossos corações, onde nao se entra nada,nem mesmo uma luz.Mas, o maravilhoso é que é dentro de nossos corações que nasce osentimento de amor, felicidade, alegria, beleza, ânimo, coragem,honestidade, emoção, riqueza, gratidão, todos estes sentimentos nascem dentro do mesmo coração.Tendo estes sentimentos maravilhosos, podemo viver com liberdade.Ter estes sentimentos não se perde nada, pelo contrário só temos a ganhar e muito.No mundo existem pessoas milionárias mas que são pobres.E existe também a pessoa que é rica mas que não tem dinheiro.Ser uma pessoa rica materialmente ou não, ser uma pessoa livre e ricainternamente, tudo isto nasce dentro do coração.E nos seres humanos o maior tesouro nesta vida é conservar o coração com estes sentimentos maravilhosos!!!Com a oportunidade de ter elo com várias pessoas , com o calor humano, com a alegria e com a dor,notei que sou vivificado e que aprendí com todas estas pessoas.Aprendí a pensar também o porque de eu viver e o seu significado.O ser humano brilha de verdade quando ele pode sorrir de coração, quando ele quer o bem de alguém de verdade e isto aprendí com o sentimento e o sorriso de inúmeras pessoas com quem tive elos.Nao posso mudar as pessoas e nem o passado...Porém posso evoluir o meu interior, assim sendo posso mudar o meu futuro!E para isso quero ter a oportunidade de fazer novas amizades.
Hide... Sol Namastê


Itens da Paz...André Luiz... Sol Namastê

Itens da Paz
Aflição perante desastres iminentes?
Talvez não aconteçam.
Contrariedades e contratempos?
Quase sempre são medidas de Espiritualidade Superior livrando-lhe o coração de males maiores.
Desgotos de longo alcance ?
Oportunidades de revisão de nosso próprio comportamento.
Injúrias e perseguições ?
Os que agravam o próximo são doentes necessitados de internação na clínica do silêncio e da prece.
Preterições ?
Compadeça-te dos que se dispõem a tornar o direito dos outros, porque ignoram os problemas que serão compelidos a enfrentar.
Erros nossos ?
Ensejo bendito de corrigenda em nós por nós mesmos.
Respostas da vida Andre Luiz
Sol Namastê

Reclamações...André Luiz

Reclamações
Aprendamos a evitar reclamações para não agravar dificuldades.
Perante situações em que a corrigenda se faça realmente necessa´ria, entregue as circunstâncias aos responsáveis pela orientação delas, que sabem quando e como intervir.
Se você achou o ponto nevrálgico de alguma crise, terá encontrado o lugar onde o proveito geral lhe pede auxílio.
Procurando retificar algum erro, vale mais o seu conhecimento do bem que o seu conhecimento do mal.
Resguardando a harmonia de todos, imagine-se na condição da pessoa ema que você pretende colocar o seu problema.
Reflita nas atribulações que provavelmente estará atravessando a criatura a quem você deseja apresentar a sua crítica.
A sua reclamação não lhe trará vantagem alguma.
Azedume para com as pessoas das quais você espera cooperação e serviço é o modo mais seguro de prevení-las contra o seu próprio interesse.
Qualquer pessoa, quando cultive a paz, pode retirar-se em paz do lugar, onde se julgue em desarmonia ou desapreço.
Experimente desculpar sempre, porquanto aquilo que nos parece falha nos outros, pode surgir por falha igualmente em nós e em se tratando de desculpar, se hoje podemos dar, chegará sempre para cada um de nós o dia de receber.
Respostas da vida André Luiz
Sol Namastê











Ante os que partiram...Emmanuel...Sol Namastê


ANTE OS QUE PARTIRAM...
Nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporte para o grande silêncio.Ver a névoa da morte estampar-se, inexorável, na fisionomia dos que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo. Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito de um filhinho transfigurado em anjo da agonia; um esposo que se despede, procurando debalde mover os lábios mudos; uma companheira cujas mãos consagradas à ternura pendem extintas; um amigo que tomba desfalecente para não mais se erguer, ou um semblante materno acostumado a abençoar, e que nada mais consegue exprimir senão a dor da extrema separação, através da última lágrima. Falem aqueles que, um dia, se inclinaram, esmagados de solidão, à frente de um túmulo; os que se rolaram em prece nas cinzas que recobrem a derradeira recordação dos entes inesquecíveis; os que caíram, varados de saudade, carregando no seio o esquife dos próprios sonhos; os que tatearam, gemendo a lousa imóvel, e os que soluçaram de angústia no ádito dos próprios pensamentos, perguntando, em vão, pela presença dos que partiram.Todavia, quando semelhante provação te bata à porta, reprime o desespero e dilui a corrente da mágoa na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto lhes fustigam a alma como chuva de fel.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram.
Atravessam a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram... Ouvem-lhes os gritos e as súplicas, na onda mental que rompe a barreira da grande sombra e tremem cada vez que os laços afetivos da retaguarda se rendem à inconformação ou se voltam para o suicídio.Lamentam-se quanto aos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhe diz respeito.Estimulam-te à prática do bem, partilhando-te as dores e as alegrias.Rejubilam-se com as tuas vitórias no mundo interior e consolam-te nas horas amargas para que te não percas no frio do desencanto.Tranqüiliza, desse modo, os companheiros que demandam o Além, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, comungando-lhes as necessidades e os problemas, porquanto terminarás também a própria viagem no mar das provas redentoras.E, vencedo para sempre o terror da morte, não nos será lícito esquecer que Jesus, o nosso Divino Mestre e Herói do Túmulo Vazio, nasceu em noite escura, viveu entre os infortúnios da Terra e expirou na cruz, em tarde pardacenta, sobre o monte empedrado, mas ressuscitou aos cânticos da manhã, no fulgor de um jardim.
EMMANUEL(Do Livro “Religião dos Espíritos”. 58, Francisco Cândido Xavier, FEB)


Itens da Paz..André Luiz Sol Namastê

Itens da Paz
Aflição perante desastres iminentes ?
Talvez não aconteçam .
Contrariedades e contratempos ?
Quase sempre são medidas da Espiritualidade Superior livrando-lhe o coração de males maiores.
Desgostos de longo alcance?
Oportunidades de revisão de nosso próprio comportamento.
Injúrias e perseguições ?
Os que agravam o próximo são doentes necessitados de internação na clinica do silêncio e da prece.
Preterições?
Compadeça-te dos que se dispõem a tomar o direito dos outros, porque ignoram os problemas que serão compelidos a enfrentar.
Erros nossos ?
Ensejo bendito de corrigenda em nós por nós mesmos.
Respostas da vida André Luiz
Sol Namastê