Emmanuel e o Apostolo Paulo: Uma Mensagem Inedita.
Uma mensagem intima de Emmanuel, recebida pelo medium Xavier em Pedro Leopoldo, a 13 de Marco de 1940, nos fala de um encontro do senador Publio Lentulus com o Apostolo Paulo em Roma.
A Mensagem, ate agora inedita, eh a seguinte:
"Lede as cartas de Paulo e meditai.
.
O convertido de Damasco foi o agricultor humano.
Muitas vezes foi aspero.
A terra nao estava amanhada e se em alguns pontos oferecia leiras brandas e ferteis, na maioria, era regioes em espinheiro e pedregulho.
.
Paulo foi o lidador de sol a sol . Seu fervoroso amor foi a sua bussola divina.
.
Sua paixao no mundo, ilumiada pela sua dedicacao ao Cristo, transformou-se na base onde deveria brilhar para sempre a claridade do Cristianismo.
.
Conheci-o, em Roma, nos seus dias de trabalho mais rude e de provacoes mais acerbas.
.
Vi-o uma vez unicamente, quando um carro do estado transportava o senador Publio Lentulus, ao longo da Porta Apia, mas foi o bastante para nunca mais esquece-lo.
.
Um incidente fortuito levara os cavalos a uma disparada perigosa, mas um jovem cristao, atirando- se o ao caminho largo conseguiu conjurar todas as ameacas.
.
Avistamos, entao, um pequeno grupo, onde se encontrava a sua figura inesquecivel.
Trocamos algumas palavras que me deram a conhecer a sua inteireza de carater e a grandeza de sua feh.
O fato ocorria pouco depois da tragica desencarnacao d Livia e eu trazia o espirito atrmentado.
As palavras de Paulo eram firmes e consoladoras.
O grande convertido nao conhecia a ulcera que me sangrava no coracao, todavia, as suas expressoes indiretas foram, imediatamente, ao fundo de minha'alma, provocando um diluvio de emocoes e de esclarecimentos.
.
Luzeiro da feh viva, Paulo nao podeser olvidado em tempo algum.Seu vulto humano eh o de todo homem sincero que se toque do amor divino pelo Cordeiro de Deus.
lede-o sempre e nao vos arrependereis.
Emmanuel.
********
Esse encontro da Porta Apia por certo marcou profundamente o coracao de Emmanuel.
Conta-nos o Espirito de Neio Lucio [o mesmo que Cneio Lucio do "50 Anos Depois"], que o Apostolo Paulo, no plano espiritual, sempre se dedicou auxiliar "as grandes inteligencias afastadas do Cristo, compreendendo-lhes as intimas aflicoes e o menosprezo injusto de que se sentem objeto no mundo, ante os religiosos de todos os matizes, quase sempre especilalizados em regra de intolerancia"
E foi com esse sentimento de bondade e compreensao que o Espirito do Apostolo da Gentilidade estendeu as bencaos do seu auxilio ao culto senador romano, quando de sua desencarnacao na tragedia de Pompeia, continuando a ampara-lo espiritualmente em suas posteriores existencias terrena.
Emmanuel nunca mais o esqueceu, como afirma em sua mensagem.Na personalidade de Nobrega, em homenagem ao Convertido de Damasco, chega adiar a inauguracao do Colegio de Piratiinga, a que da o nome de Sao Paulo, para o dia conversao do Apostolo, que a igreja comenora a 25 de Janeiro.
Essa afirmativa, absolutamente exata, nao eh somente de Neio Lucio, em suas mensagens que Chico Xavier psicorafou.
Eh mencionada pelos biografos do Padre Nobrega, entre eles Serafim Leite, Jose Mariz de Morais, Tito Livio Ferreira e Melo Pimenta.
E um outro testemunho de amor ao grande filho de Tarso [e quantos outros desconhecemos?], Emmanuel ofereceu ao doarmos a biografia do grande servidor de Deus, unindo sua historia edificante a vida de outro luminar espiritual: PAULO E ESTEVAO.**
Essa obra monumental que Francisco Candido Xavier psicografou, publicada pela Federacao Espirita Brasileira em 1942, ja na sua oitava edicao neste 1970, eh uma biografia autentica do abnegado apostolo de Jesus Cristo.
Como diz Emmanuel, em sua "Breve Noticia" prefacial, o escopo da obra eh "apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legitima feicao de homem transformado por Jesus Cristo e atento ao divino ministerio".
Oferecendo-o a familia humana, seu iluminado autor deseja que "o exemplo do Grande Covertido se faca mais claro em nossos coracoes a fim de que cada discipulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus Cristo".
Dessa obra magnifica do grande benfeitor espiritual, pela qual o proprio medium sempre se sentiu singulamente atraido, disse o querido Dr. Romulo Joviano , devotado obreiro da antiga oficina de luz de Pedro Leopoldo e velho amigo de Emmanuel."Eh o Livro do trabalhador Cristao".
Clovis Tavares.
Livro:- Amor e Sabedoria de Emmanuel.
pg. 31 /32 e 3
Amigos caso queiram conhecer mais sobre esses grandes pioneiros consultar a " REVISTA SEAREIRO"
www.espiritismoeluz.org.br
Chico Xavier [Janeiro/2005]
Emmanuel [Junho de 2006]
Paulo de Tarso[Junho, Julho e Agosto /2007]
Paulo e Estevao**
Emmanuel
Psi. Francisco Candido Xavier
Ed. FEB
Paulo e Estevao** [prefacio]
Breve Notícia
Não são poucos os trabalhos que correm mundo, relativamente à tarefa gloriosa do Apóstolo dos gentios.
É justo, pois, esperarmos a interrogativa: - Por que mais um livro sobre Paulo de Tarso? Homenagem ao grande trabalhador do Evangelho ou informações mais detalhadas de sua vida?
Quanto à primeira hipótese, somos dos primeiros a reconhecer que o convertido de Damasco não necessita de nossas mesquinhas homenagens; e quanto à segunda, responderemos afirmativamente para atingir os fins a que nos propomos, transferindo ao papel humano, com os recursos possíveis, alguma coisa das tradições do plano espiritual acerca dos trabalhos confiados ao grande amigo dos gentios.
Nosso escopo essencial não poderia ser apenas rememorar passagens sublimes dos tempos dos tempos apostólicos, e sim apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legítima feição de homem transformado por Jesus-Cristo e atento ao divino ministério.
Esclarecemos, ainda, que não é nosso propósito levantar apenas uma biografia romanceada. O mundo está repleto dessas fichas educativas, com referência aos seus vultos mais notáveis.
Nosso melhor e mais sincero desejo é recordar as lutas acerbas e os ásperos testemunhos de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante.
As igrejas amornecidas da atualidade e os falsos desejos dos crentes, nos diversos setores do Cristianismo, justificam as nossas intenções.
Em toda parte há tendências à ociosidade do espírito e manifestações de menor esforço. Muitos discípulos disputam as prerrogativas de Estado, enquanto outros, distanciados voluntariamente do trabalho justo, suplicam a proteção sobrenatural do Céu.
Templos e devotos entregam-se, gostosamente, às situações acomodatícias, preferindo as dominações e regalos de ordem material. Observando esse panorama sentimental é útil recordarmos a figura inesquecível do Apóstolo generoso.
Muitos comentaram a vida de Paulo; mas, quando não lhe atribuíram certos títulos de favor, gratuitos do Céu, apresentaram-no com um fanático de coração ressequido.
Para uns, ele foi um santo por predestinação, a quem Jesus apareceu, numa operação mecânica da graça; para outros, foi um espírito arbitrário, absovente e ríspido, inclinado a combater os companheiros, com vaidade quase cruel.
Não nos deteremos nessa posição extremista.
Queremos recordar que Paulo recebeu a dádiva santa da visão gloriosa do Mestre, às portas de Damasco, mas não podemos esquecer a declaração de Jesus relativa ao sofrimento que o aguardava, por amor ao seu nome.
Certo é que o inolvidável tecelão trazia o seu ministério divino; mas, quem estará no mundo sem um ministério de Deus?
Muita gente dirá que desconhece a própria tarefa, que é insciente a tal respeito, mas nós poderemos responder que, além da ignorância, há desatenção e muito capricho pernicioso.
Os mais exigentes advertirão que Paulo recebeu um apelo direto; mas, na verdade, todos os homens menos rudes têm a sua convocação pessoal ao serviço do Cristo.
As formas podem variar, mas a essência ao apelo é sempre a mesma sutil, inesperadamente; a maioria, porém, resiste ao chamado generoso do Senhor.
Ora, Jesus não é um mestre de violências e se a figura de Paulo avulta muito mais aos nossos olhos, é que ele ouviu, negou-se a si mesmo, arrependeu-se, tomou a cruz e seguiu o Cristo até ao fim de suas tarefas materiais.
Entre perseguições, enfermidades, apodos, zombarias, desilusões, deserções, pedradas, açoites e encarceramentos, Paulo de Tarso foi um homem intéprido e sincero, caminhando entre as sombras do mundo, ao encontro do Mestre que se fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida. Foi muito mais que um predestinado, foi um realizador que trabalhou diariamente para a luz.
O Mestre chama-o, da sua esfera de claridades imortais. Paulo tateia na treva das experiências humanas e responde:
- Senhor, que queres que eu faça?
Entre ele e Jesus havia um abismo, que o Apóstolo soube transpor em decênios de luta redentora e constante.
Demonstrá-lo, para o exame do quanto nos compete em trabalho próprio, a fim de ir ao encontro de Jesus, é nosso objetivo. Outra finalidade deste esforço humilde é reconhecer que o Apóstolo não poderia chegar a essa possibilidade, em ação isolada no mundo.
Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso.
O grande mártir do Cristianismo nascente alcançou influência muito mais vasta na experiência paulina, do que poderíamos imaginar tão-só pelos textos conhecidos nos estudos terrestres.
A vida de ambos está entrelaçada com misteriosa beleza. A contribuição de Estêvão e de outras personagens desta história real vem confirmar a necessidade e a universalidade da lei de cooperação.
E, para verificar a amplitude desse conceito, recordemos que Jesus, cuja misericórdia e poder abrangiam tudo, procurou a companhia de doze auxiliares, a fim de empreender a renovação do mundo.
Aliás, sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo.
Desde já, veio os críticos consultando textos e combinando versículos para trazerem à tona os erros do nosso tentame singelo. Aos bem-intencionados agradecemos sinceramente, por conhecer a nossa expressão de criatura falível, declarando que este livro modesto foi grafado por um
Espírito para os que vivam em espírito; e ao pedantismos dogmático, ou literário, de todos os tempos, recorremos ao próprio Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito vivifica.
Oferecendo, pois, este humilde trabalho aos nossos irmãos da Terra, formulamos votos para que o exemplo do Grande Convertido se faça mais claro em nossos corações, à fim de que cada discípulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus-Cristo.
Emmanuel / Pedro Leopoldo, 8 de julho de 1941.
Amor e Sabedoria de Emmanuel*
Clovis Tavares
Ed. IDE
Amor e Sabedoria de Emmanuel*
Estudo sobre a obra espiritual de Emmanuel , além de apresentar apontamentos escritos a partir de encontros do autor com Chico Xavier.
Nenhum comentário:
Postar um comentário